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A caminho de formação de uma geração que não pensa

O QUE TEM A VER A REFORMA DO ENSINO MÉDIO COM O MERCADO DE TRABALHO? TUDO E MAIS UM POUCO A reforma do ensino médio, que teve como grande inspirador o ator de filmes pornográficos Alexandre Frota, foi aprovada nesta quarta-feira pelo Senado, sem maiores discussões. Privilegia basicamente a formação técnica profissional, ainda que o sistema educacional brasileiro não disponha de estrutura para colocar os jovens acima de 15 anos no caminho da profissionalização. Mas o que realm ente preocupa nisso tudo, é a desobrigação de disciplinas indispensáveis à formação humanística e intelectual dos alunos, que certamente serão privados de disciplinas como sociologia e filosofia, totalmente desinteressantes para um sistema pré-determinado a formar exército industrial de reserva. Claro que os liberais consideram a expressão marxista uma tolice, achando que a economia de mercado não gera excesso de demanda de mão-de-obra e que a culpa do desemprego é da luta dos trabalhadores contra a exp

O estado é o réu

A violência surfa na onda da insensatez                                             O que está acontecendo no Espírito Santo não é novidade. Onde há ausência do Estado, por meio das forças policiais, responsáveis diretas pela segurança da população, o caos se estabelece, a violência cresce, o medo se amplifica, o reino da barbárie se instala. Não faz muito tempo problemas idênticos em Salvador e em Porto Alegre tomaram conta do noticiário nacional. São Paulo está de vez enquando às voltas com incêndios de ônibus , ondas de assaltos, homicídios. O Rio, então, nem se fala. Vamos lembrar também que faz pouco tempo houve uma explosão da criminalidade em Londrina e também em vários bairros de Curitiba, onde PMs apareceram empurrando viaturas com falta de combustível. Situações como estas são decorrentes, naturalmente, da ausência da polícia nas ruas e da absoluta falta de políticas públicas de segurança, que possam garantir um mínimo de tranqüilidade para as populações dos grand

Quem mais barraria o desmonte?

A senadora Gleisi Hoffmann escreve a Lula: "Precisamos de sua forte liderança porque não podemos aceitar o fim do direito à aposentadoria, o corte brutal nos valores dos benefícios concedidos aos extremamente pobres e a imposição de sacrifícios ainda maiores às mulheres que exercem dupla jornada de trabalho. Da mesma forma, Lula, só com a mobilização popular seremos capazes de barrar as questionáveis mudanças nas leis trabalhistas, a entrega do nosso petróleo aos estrangeiros e, se não bastasse, a criminosa doação do patrimônio público a empresas de telecomunicações. Como é fácil perceber, ainda precisamos muito de seu carisma, de sua história e de sua disposição para a briga. Muitas pessoas se comoveram com o seu drama. Foi uma lição de vida. Mas, querido presidente, pode ter certeza de uma coisa: o seu choro também simbolizou um profundo gesto de esperança. Precisamos de você!"

Para os urubus lerem na cama

. do historiador e filósofo  Leandro Karnal "Estive em são Bernardo do Campo para uma palestra no Instituto Mauá. A cidade já tinha alguma movimentação em função do velório de dona Marisa. A divergência política e o contraditório são excelentes para a democracia. Todo choque tem algumas barreiras. Uma é a ética: divergir não implica atacar. Outra, muito importante, é a morte. Nada existe além dela. Extinguem-se as   animosidades. Termina o ódio no túmulo. Atacar ou ter felicidade pela morte de um ser humano é uma prova absoluta de que a dor e o ressentimento podem enlouquecer alguém. Se você sente felicidade pela morte de um inimigo, guarde para si. Trazer à tona torna pública sua fraqueza, sua desumanidade. Acima de tudo, mostra que este inimigo tinha razão ao dizer que você era desequilibrado. Contestem, debatam, critiquem: mas enderecem tudo isto a quem possa revidar. Por enquanto temos apenas um homem que perdeu sua companheira, filhos órfãos e netos sem a avó. Entre

Ciro vem aí

O PDT vai ter espaços na televisão em março conforme  a   Lei nº 9.096/95 . E quem vão monopolizar a propaganda partidária é Ciro Gomes, provável candidato a presidente em 2018. Ciro fará duras críticas à política econômica do governo Temer e, claro, indicará soluções que consideram viáveis para tirar o Brasil do buraco. Sai de baixo.

NÃO HÁ DE SER INUTILMENTE

                 .  Por Leandro Fortes A morte de Dona Marisa Letícia é o triunfo físico da narrativa de ódio reinaugurada pela direita brasileira, a partir da vitória eleitoral de Dilma Rousseff, em 2014, contra as forças reacionárias capitaneadas pela candidatura de Aécio Neves, do PSDB. Em sua insana odisseia pela retomada do poder, ainda quando o TSE contabilizava os últimos votos das eleições presidenciais, Aécio e sua turma de mascarados se agregaram, não sem uma sinalização evidente, aos primeiros movimentos da Operação Lava Jato e com ela partiram, sob os auspícios do juiz Sergio Moro, para a guerra de tudo ou nada que se seguiu. Foi esse conjunto de circunstâncias, tocado pela moenda de antipetismo e ódio de classe azeitada diuturnamente pela mídia, que minou a saúde de Dona Marisa, não sem antes submetê-la ao tormento da perseguição, do constrangimento, da humilhação pública, da invasão cruel e desumana de sua privacidade. A perseguição ignóbil ao marido, Luiz Iná

Fantasmas que atormentam

Operação Quadro Negro e Operação Publicano, dois fantasmas, que não são do tipo gasparzinho, ainda sobrevoam o Palácio Iguaçu. Na primeira, o governador Beto Richa é acusado de ter recebido via caixa 2 (leia-se propina)  R$ 3,4 milhões para sua campanha de reeleição. Na segunda, acusação também de recebimento de propina, dinheiro de superfaturamento na construção de escolas, algumas inclusive que nem chegaram a ser construídas mas foram pagas. O Ministério Público acelera as investigações, que pode inviabilizar qualquer tentativa de Beto Richa concorrer a uma cadeira no Senado. Não é de se descartar o “ efeito Sérgio Cabral” no Paraná.

Beto Richa procura chifre na cabeça de cavalo

O governo  altera unilateralmente a data-base da categoria, reduz a hora-atividade e ameaça punir o professor que ousou ficar doente em 2016, a partir do tempo em que ficou afastado da sala de aula. A entidade que legalmente representa os professores diz que suspendeu a última greve por conta de acordo fechado com o governador. Mas o acordo não está sendo cumprido e é isso que  pode provocar nova paralisação já no início do período letivo. Em reunião realizada na última sexta-feira com a diretoria da APP Sindicato, o chefe da Casa Civil Valdir Rossoni, fez várias ameaças ao magistério, em caso de greve no início do ano letivo de 2017. Claro, nova greve será uma tragédia para a Educação do Estado, mas é criminosa a forma como o governador Beto Richa trata a questão, pagando institucionais na TV para jogar a população contra os professores. O fato concreto é que o Paraná está na iminência de conviver com mais um longo período de escolas fechadas e de manifestações nada pacífi

IDEC e Abrasco repudiam proposta do ministro predador

Quando a proposta surgiu em 2016, a jornalista Conceição Lemes escreveu um artigo, postado no blog do Azenha (Viomundo) com o seguinte título:   Governo Temer se entrega aos planos privados; ANS e Ministério da Saúde agem como se as operadoras fossem as vítimas e não os usuários . O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) emitiram nota conjunta de repúdio à   decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de levar adiante a discussão dos planos de saúde populares propostos pelo ministro Ricardo Barros. A NOTA: “Alertamos, mais uma vez, que os planos de saúde populares: • Representarão mudança radical, para pior, na atual legislação que já apresenta falhas e lacunas. Será uma volta ao passado, mesma situação de 20 anos atrás, quando existiam planos de menor preço, porém segmentados e com restrições de coberturas. • Poderão excluir idosos e doentes crônicos, negar internações e procedimento

Que a Constituição de Capistrano abra as asas sobre nós

“Eu ganhando lá R$ 10 mil por mês tenho uma vida no mesmo padrão ganhando R$ 50 mil no Brasil. E por que isso? Porque os serviços públicos funcionam de verdade. Ando de ônibus, meus filhos vão para a escola pública, não preciso de plano de saúde privado e se eu quiser um, pago menos, mas muito menos do que aqui e que me dá um atendimento infinitamente superior ao que os planos dão aqui”. Ator Pedro Cardoso, que mudou-se para Portugal após terminar A Grande Família, na Globo. Se lá os serviços públicos podem ser de qualidade, por que no Brasil não podem? Falta de dinheiro? Conversa fiada, dinheiro tem, o que não tem é vontade política, sensibilidade social e honestidade suficiente dos gestores públicos para fazer a coisa funcionar como deve. Não é preciso uma revolução para o nosso país mudar, o que é necessário, é que se cumpra a Constiuição Capistrano de Abreu, de apenas dois artigos: "Artigo 1º - Todo brasileiro deve ter vergonha na cara." "Artigo 2º - Revoga

Governo paga comerciais na TV para iludir os trabalhadores

Temer comemora o caos que ele aprofunda

“O Brasil começou o ano de 2017 com o pé direito. A inflação de 2016 caiu de cerca de 10% para 6,29%”, comemora o presidente Michel Temer em artigo que distribuiu para vários jornais do país, inclusive o O Diário de Maringá, que o publica hoje na página 2. Cabe a pergunta clássica, feita pelo jornalista André Araújo e postado por Luis Nassif em seu blog: “Está comemorando o que?”. Ora, ora, questiona Araújo: “A inflação ficou dentro da meta por causa de uma gigantesca recessão e qual é a vantagem disso?  Para os que têm renda certa e segura, como funcionários concursados, rentistas que vivem de aplicação financeira, é ótimo inflação zero mesmo com o País em ruína econômica, são os beneficiários da economia improdutiva, aquela que nada produz e só consome e não precisa competir no mercado, o grupo chamado de "férias em Miami". O presidente fala da liberação do FGTS das contas inativas, mas esqueceu de mencionar que os jornalões brasileiros já estão noticiando a intenç

Deputado paulista, do PTB, detona a reforma da previdência

Ele prova com dados que não é a previdência que está quebrada, é o governo que está quebrando a previdência

É namoro ou amizade?

O ministro da Saúde Ricardo Barros vem percorrendo o Estado para liberar, em ritmo de campanha política, recursos dos SUS a que os municípios e os respectivos consórcios regionais tem direito. Mas a julgar pela liberação feita em Curitiba, onde faltou novidade e sobrou demagogia , o ministro está fazendo cortesia com chapéu alheio, ou seja, soltando foguete e aplaudindo a si mesmo por cumprir a obrigação. “Tentarei ser o mais didático possível para que  não restem dúvidas sobre a coletiva, na manhã desta segunda-feira, do governador, ministro da saúde e o prefeito para anunciar “novos” R$ 77 milhões em recursos para saúde de Curitiba. Dos R$ 77 milhões anunciados, apenas R$ 62 mil representam alguma novidade”, escreveu em sua página do Facebook o ex-prefeito da capital Gustavo Fruet. Ainda não estamos em ano eleitoral, mas os políticos que querem renovar seus mandatos em 2018 ou conquistar novas cadeiras, para si e para os seus, já começam 2017 com a corda toda. Vejam o caso do

Ética, que bicho é esse?

Ética é a palavra mais usada nos últimos anos. É uma palavra desgastada, que muita gente usa mas não sabe o que é e muito menos a pratica. Perguntar a alguém o que é ética é uma armadilha, porque a dificuldade de explicá-la é enorme.  Ética é a palavra baton, está em todas as bocas. Mas, convenhamos, está em poucas, pouquíssimas cabeças:

Uma entrevista inédita (e histórica) com o criador do WikiLeaks

                      . "Há dez anos nascia o WikiLeaks, a mais poderosa e inexpugnável máquina de divulgação de segredos de estado de que se tem notícias em todos os tempos". Há quatro anos ele está exilado  num pequeno prédio no centro de Londres onde funciona a embaixada do Equador. Fernando Morais, o obstinado jornalista e escritor (autor de A Ilha e Chatô, entre outros livros de grande sucesso editorial)  passou uma tarde inteira com Julian Assange. O resultado foi essa entrevista imperdível que Morais publicou em seu site  NOCAUTE e que eu, não resistindo à boa tentação, decidi reproduzir nesse blog. Vale a pena ler: Foi quase um ano de espera. Desde o começo de 2016 amigos europeus e latino-americanos tentavam me ajudar a conseguir uma entrevista jornalística com o cyber ativista australiano Julian Assange, exilado desde 2012 na elegante e modesta embaixada do Equador, em Londres. Fernando Morais:  Em primeiro lugar muito obrigado pela deferência de ter me