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Mostrando postagens que correspondem à pesquisa por santayana

Lições do passado que a esquerda não aprendeu

Vi hoje na TV Senado um documentário maravilhoso sobre o Golpe de 1964, que derrubou o governo João Goulart , não pelos seus defeitos, mas pelas suas qualidades. O pretexto era o comunismo. Acusavam Jango de comunista quando na verdade ele era um grande fazendeiro, porém nacionalista e muito comprometido com a justiça social. Ao lado dele, um timaço de líderes políticos e intelectuais defendiam com incrível determinação as r eformas de base. Isso, naturalmente, incomodava a elite brasileira, que incentivada pelos Estados Unidos, começou a cooptar oficiais de alta patente das Forças Armadas, principalmente do Exército, onde se destacavam generais como Castelo Branco, Golbery do Couto e Silva, Mourão Filho, entre outros. Nesse documentário, depoimentos de ninguém menos que Darcy Ribeiro (uma das cabeças mais brilhantes do país em todos os tempos), Valdir Pires, Almino Afonso e o jornalista Mauro Santayana. Segundo Almino, então Ministro do Trabalho,o golpe começou a ser engendrado

Uma reflexão importante e necessária

Combater a corrupção é fundamental, embora em outros tempos essa era uma disposição que não existia, nem por parte da Justiça e nem do Ministério Público. O experiente jornalista Mauro Santayana analisa o outro lado da moeda da operação lava-jato. É o lado do desmonte de grandes empresas brasileiras da área da construção civil, que sucumbem ante a transformação de doações de campanha e caixa 2 em propina, sem levar em conta que o problema não está na empresa A ou B, no político B ou C, mas em todo um sistema corrompido, este sim, a ser alterado com a máxima urgência. O combate a corrupção, da forma seletiva e de potencialização do ódio como fazem os procuradores e o juiz Moro, já provocou , segundo Santayana, “um prejuízo ao país de R$ 140 bilhões, demissão de milhares de trabalhadores, interrupção de dezenas de projetos na área de energia, indústria naval, infra-estrutura e defesa, quebra de milhares de acionistas, investidores e fornecedores”. Não se trata de aliviar a barra do

A cabeça do ovo e a piscina do Alvorada

                                                            . Por Mauro Santayana Surreal e kafquiana, para dizer o mínimo, a nova investigação em curso para saber se a Odebrechet teria "beneficiado" Lula fazendo, de graça, consertos na piscina do Palácio do Alvorada. "Beneficiado", como? Lula, agora, virou dono do Palácio do Alvorada? Se a construtora consertou a piscina do palácio, ótimo. Ela arrumou e valorizou o patrimônio público. Nesse caso, qual foi o prejuízo para o erário? Ou o Sr. Luis Inácio, já acusado antes - sem provas - de "roubar" crucifixos, faqueiros "fakes", cujas fotos foram tiradas de um site de leilões dos EUA, etc, saiu com a piscina debaixo do braço, quando deixou de ser Presidente da República? Ou mandou consertá-la para cometer outros crimes, quem sabe para fazer um "test-drive" nos emblemáticos - e caríssimos, ostentatórios - pedalinhos do sítio de Atibaia? No afã de encontrar crimes que possam

O Outro lado da moeda

“Quando suas decisões afetam não apenas o réu e sua vítima, mas centenas, milhares de cidadãos, o promotor deve acusar e o juiz, julgar, com a mente e o coração voltados para o que ocorrerá, in consequentia”, escreveu o jornalista Mauro Santayana (Rede Brasil Atual) para alertar que a Operação Lava Jato está parando o país. Este é um lado da moeda que os analistas pouco tem se dado conta. Realmente os problemas que afetaram a Petrobrás tiveram consequências drásticas em toda a economia e as suspeitas que recaíram sobre executivos das grandes empreiteiras forçaram a paralisação de grandes projetos estruturantes, levando o desemprego e atrasando obras que são vitais para a vida do país, como é o caso da Usina de Belo Monte, inconclusa num momento em que o Brasil está tão carente de energia elétrica. O mesmo ocorreu com a Refinaria Abreu e Lima e com a transposição do Rio São Francisco, esta com consequências danosas para os Estados que sofrem com o fenômeno da seca. Santayana suger

Os "brasiguaios" e a condenação brasileira ao golpe

Muito interessante um artigo do conceituado jornalista Mauro Santayana, do JB (online) sobre o golpe parlamentar no Paraguai, que apeou o ex-bispo Fernando Lugo do poder. Mais interessante ainda porque aborda ,   à luz da ciência política, um lado da questão que leva a elite brasileira a censurar a posição da presidente Dilma Roussef, de condenação ao golpe. Refere-se aos brasiguaios, preocupados com a postura da diplomacia brasileira. Escreve Santayana: “Os fazendeiros brasileiros que se aproveitaram dos preços relativamente baixos das terras paraguaias, e lá se fixaram, não podem colocar os seus interesses econômicos acima dos interesses permanentes da nação. É natural que aspirem a boas relações entre os dois países e que, até mesmo, peçam a Dilma que reconheça o governo. Mas o governo brasileiro não parece disposto a curvar-se diante dessa demanda corporativa dos “brasiguaios”. No Paraguai se repete uma endemia política continental, sob o regime presidencialista. O povo v

Uma derrota do povo

O jornalista Mauro Santayana disse: "Ao decidir, pelo voto do novo ministro Luis Fux, pela não validade da Lei da Ficha Limpa no pleito passado, o STF contribui para o desalento do povo e sua descrença no processo político nacional. Espera-se que, diante da decisão, o STF dê prioridade aos processos já instaurados e acelere o julgamento dos ladrões do Erário, que agora se acobertam pela decisão do tribunal. Os cidadãos honrados (entre eles os políticos decentes) sentem-se pessoalmente ofendidos pela impunidade dos corruptos, corruptores e peculatários". Desalento, esta é a melhor palavra para definir também o que causou no coração de muitos maringaenses a decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Paraná sobre o processo de licitação do sistema de transporte coletivo urbano de Maringá.

A timidez dos deputados diante do Sr. Dantas

Do jornalista Mauro Santayana sobre a timidez dos deputados da CPI dos grampos diante do poderoso banqueiro condenado Daniel Dantas: "Diante de sua importância, os parlamentares se curvam, titubeiam na timidez das perguntas, escolhem seus vocábulos no dicionário das amabilidades. Mesmo que o seu silêncio não estivesse protegido pela justiça, os cuidados dos inquisidores o assegurariam. É muito difícil – embora estejamos em tempos surpreendentes – que alguém o faça revelar alguma coisa. Há, em torno do banqueiro, vasta e poderosa conspiração protetora. É a mesma conspiração que busca blindar os donos da Daslu, e de outros prósperos negócios. Os grandes senhores podem roubar do povo, ao sonegar impostos; associar-se a bandidos estrangeiros, a fim de contrabandear mercadorias, legítimas ou de grifes falsificadas; enviar bilhões de dólares ao exterior, conforme fizeram bancos de Foz do Iguaçu, durante o governo passado, com a complacência do Banco Central; pagar e receber propinas, de

A barca dos insensatos

Este artigo do jornalista Mauro Santayana, publicado no Correio Braziliense merece ser multiplicado e ser distribuído em todo o país , inclusive para ser objeto de discussões acadêmicas e debates em todo canto, da escola à igreja. É um texto longo, mas de boa leitura, que faço questão de reproduzir na íntegra. "Volta o presidente do Supremo Tribunal Federal a sair de seus limites constitucionais para atacar o Poder Executivo, no caso do MST. O apoio recebido pelo juiz demonstra a alienação de grande parcela da sociedade brasileira, que parece viver em outra galáxia. O mundo se mobiliza para restaurar o contrato entre a espécie e a natureza, o que significa reexaminar as estruturas sociais e o convívio político. Nos Estados Unidos, o presidente Obama propõe cobrar mais dos ricos para favorecer os pobres. No Brasil, o sistema continua baseado na injustiça. Os interesses pessoais perturbam a inteligência, quando não a expulsam da mente. Quem examinar a História brasileira das últimas

A grosseria de Sua Majestade

Sobre a arrogância do Rei da Espanha, escreveu Mauro Santayana no Jornal do Brasil: 13.11.07 "O presidente Hugo Chávez é descuidado e franco no que fala. Usa, em sua retórica antiimperialista, metáforas quase divertidas, como chamar Bush de diabo. Mas não exagerou ao qualificar o ex-primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar de fascista. Aznar, produto típico da Opus Dei, que se reorganiza com novo alento na Espanha, sempre tratou a América Latina com desdém. Não se pode pedir a Chávez que trate bem o ex-primeiro ministro espanhol, embora talvez lhe tivesse sido melhor ignorá-lo no encontro de Santiago. Mas, como comentou, na edição de ontem de El País, o jornalista Peru Egurdide, há um crescente mal-estar na América Latina com a presença econômica espanhola, identificada como "segunda conquista". A Espanha opera hoje serviços como os bancários, de água, energia, telefonia e estradas, que não satisfazem os usuários. Mas se Chávez, mestiço venezuelano, homem do povo, fug